A Prefeitura de Porto Velho, através do corpo de fiscais da Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Sema, realizaram na última semana, uma ação integrada de fiscalização no entorno da maior Unidade de Conservação (UC) municipal de Porto Velho. Trata-se do Parque Natural Senador Olavo Pires. O objetivo da atividade foi vistoriar e monitorar o território da UC da região, afim de verificar possíveis irregularidades como: destinação incorreta de resíduos, expansão de ocupações terrestres, desmatamentos, ranchos de caça e exploração da flora, invasão de espécies exóticas e pesca ilegal, entre outros.
Em dois dias de atividades, foram vistoriados as linhas que margeiam o Parque Natural. Foram constatadas algumas irregularidades durante a ação e que estão sendo verificadas localmente com o objetivo de manter a integridade da área de proteção integral e preservar a sua biodiversidade. A principal irregularidade é o descarte pela população de lixo nas linhas que dão acesso a chácaras perto do parque.
De acordo com o diretor de fiscalização Washington Cortez, o desenvolvimento destas operações são excelentes reforços para o monitoramento já realizado no interior do Parque. “Este tipo de operação é muito importante para manter a estabilidade da UC. A equipe de fiscais e técnicos está operando na prevenção e na identificação de infrações ambientais.”, disse Cortez.
Outro fator importante trazido pela realização das operações de fiscalização é a proteção a caverna do morcego. A Caverna é uma cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos, tem um desenvolvimento horizontal e em certos pontos vertical em forma de galeria.
A caverna foi denominada com este nome por ser habitada por uma grande quantidade de morcegos. Localizada no interior do Parque Natural, é um local pequeno e escondido pela mata fechada. A temperatura média anual gira em torno de 37°C, tanto durante o dia como à noite.
Para o município de Porto Velho, além de sua grande importância científica, a caverna do morcego contribui com turismo de aventura (ou ecoturismo), pois muitas pessoas gostam de enfrentar a longa trilha (mais de 7 km) para chegar até a caverna.
Segundo o secretario Robson Damasceno a entrada na caverna não é permitida. Nela há grande quantidade de excrementos de morcegos, tal fato deixa o ar do ambiente cheio de amônia, o que prejudica a respiração humana.
Milhares de morcegos se aglutinam em seu interior, saindo à noite, para se alimentar de insetos da floresta. A SEMA, através de seus servidores, principalmente da fiscalização ambiental, trabalha constantemente para evitar que o entorno do Parque sofra degradação ou desmatamento.
De acordo com o fiscal Júnior Cavalcante, monitorar e fiscalizar é preciso, pois ainda existem muitas espécies para serem descobertas no habitat da Unidade de Conservação Parque Natural.
"Nosso trabalho é proteger nosso parque e seu entorno. Permitindo o desenvolvimento de atividades sustentáveis e combatendo crimes ambientais.", disse Cavalcante.
