Nesta terça-feira, 11/02, o secretário municipal de Integração, Álvaro Mendonça foi um dos entrevistados do programa Audiência Pública, da rádio CBN. O programa abriu espaço para debater sobre a problemática do saneamento básico de Porto Velho e as ações que estão sendo realizadas para tentar minimizar os impactos causados na cidade. Também participaram Ronilson Oliveira, professor do Ifro; Átila Lima, engenheiro florestal; Daniele Santana, coordenadora de Recursos Hídricos da Sedam e Mauro Tada, médico sanitarista.
Álvaro Mendonça fez um breve relato sobre a construção dos planos municipais de Saneamento Básico e de Gestão de Resíduos Sólidos que está em andamento em parceria com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) que é um marco para a capital. "Nunca se tratou o saneamento básico em Porto Velho da forma que deveria ser, com a relevância que merece. As administrações anteriores sempre buscaram mais tratar o doente do que prevenir as doenças. E agora queremos dar a ordem correta. Assim que o prefeito Hildon Chaves assumiu a administração municipal direcionou os esforços para a construção do Plano Diretor, primordial para nossa cidade, e agora nos voltamos para esses dois planos que vão apontar as necessidades existentes e as estratégias que devem ser adotadas de forma emergencial ou ainda a médio e longo prazo. São perspectivas que, em cinco meses, teremos concretizadas em um Plano e a partir dai daremos início a dezenas de ações que irão mudar a realidade de Porto Velho", disse ele.
Ronilson Oliveira, professor do Ifro, destacou que o cenário em que vive a cidade de São Paulo, com alagações, prejuízos, tragédias ambientais é o que se pode prever para demais cidades brasileiras caso as administrações não voltem todos os seus esforços para a questão do saneamento básico. "Quanto à Porto Velho o que vemos hoje são ações isoladas em que está o Estado de um lado e a Prefeitura de outro. É preciso um trabalho conjunto para que o caos não chegue aqui", observou.
Atila Lima, engenheiro florestal, lembrou que além do planejamento é preciso que o município trabalhe a conscientização coletiva para que os cidadãos entendam que não basta investir em obras estruturantes se eles não abraçarem a causa e fizerem sua parte ajudando a dar destinação correta aos resíduos, não poluindo córregos, rios e igarapés.
Daniele Santana,coordenadora de recursos hídricos da Sedam, destacou que o Estado está desenvolvendo o plano estadual de resíduos sólidos para dar auxílio aos municípios. "Será um grande diferencial que os ajudará a planejar e executar suas ações em prol do meio ambiente e da qualidade de vida dos cidadãos rondonienses", completou.
Mauro Tada frisou que sem saneamento o que se tem é um número crescente de pessoas doentes com, doenças dermatológicas, gastroenterites, por exemplo, que causam infecções, desidratação e consequentemente internações. "Vemos hospitais lotados com pacientes que poderiam não estar ali se houvesse água tratada e esgotamento sanitário a disposição deles", acrescentou.
Ao final todos se colocaram à disposição para juntos contribuírem com sugestões e ideias que ajudem Porto Velho a ser uma cidade melhor para todos.